PRAÇA PÚBLICA GILSONE TADEU BARBOSA - FERREIRINHA
Escola Augusto Antônio de Alvarenga trabalha o tema: “Consciência Negra” com alunos.
Novembro é oficialmente o mês da consciência negra: um tema que, na verdade, deve ser trabalhado o ano inteiro em sala de aula. O nosso país conta com uma grande diversidade cultural e cerca de 52% da população é negra (incluindo pessoas autodeclaradas pretas e as autodeclaradas pardas). Mas, infelizmente, temos uma triste história de escravidão e uma realidade de racismo e desigualdade social que, ainda encontram uma grande resistência em serem reconhecidas. Algumas conquistas já foram alcançadas, como a inclusão do ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira no currículo da educação básica, conforme citado na Lei Federal 10.639/03. Mesmo assim, abordar a temática ainda pode ser um desafio para os professores.

Desde muito cedo, crianças e adolescentes já têm contato com diversas formas de preconceito e discriminação em seu dia a dia. Por isso, é importante que a prática de abordar a tolerância e o respeito à diversidade seja uma tarefa contínua. O ideal é que a questão não seja tratada apenas como uma temática específica, isolada, mas sim que seja incorporada em práticas diárias, como brincadeiras, leitura e música, e de forma interdisciplinar, inserida no conteúdo das diversas disciplinas no âmbito escolar.

Pensando desta forma a Escola Augusto Antônio de Alvarenga na Comunidade da Macega trabalhou durante uma semana o tema: Consciência Negra. Foram realizados trabalhos artísticos, apresentações, estudos sobre o tema, dentre outras atividades onde os alunos ganharam com certeza mais conhecimento sobre o tema abordado e se tornarão com certeza, pessoas melhores quanto ao preconceito.

“É importante que o próprio professor, enquanto figura de exemplo para os alunos, reavalie suas práticas, refletindo sobre valores e conceitos que ele traz introjetados sobre o povo negro e sua cultura, repensando suas ações cotidianas. Além disso, temos que considerar a realidade dos alunos e estimulá-los a fazer uma análise crítica dessa realidade, a fim de conhecê-la melhor, e comprometendo-se com sua transformação”. Comentou o Diretor Celso Leôncio que também trabalhou junto com os alunos na confecção de chaveiros.

“Para implementar todas essas discussões, reflexões e mudanças, é importante, é claro, que o professor não esteja sozinho, mas que toda a comunidade escolar esteja envolvida. Leve o assunto para as discussões de reuniões pedagógicas, grupos de estudo e momentos de formação. É fundamental que as mudanças na forma de ensinar a história e a cultura afro-brasileira partam do engajamento de todos os membros da comunidade escolar, que deve estar preocupada em construir uma política educacional igualitária e uma sociedade em que a democracia racial, de fato, se torne uma realidade”. Disse uma das professoras da Escola Antônio Augusto Alvarenga.
05/12/2017 - ASCOM
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